Total de desabrigados pelas cheias em Pernambuco cai para 8.204

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O número de desabrigados
pelas cheias de maio em Pernambuco caiu para 8.204 porque muitos deles voltaram
para suas casas em áreas de risco. O estado chegou a ter 52.095 desalojados no
dia 30 de maio, mas o total vem diminuindo. As informações foram divulgadas
hoje (28), no Recife, no balanço de um mês da Operação Prontidão, implantada
pelo governo estadual para dar respostas emergenciais às enchentes.
O número de desabrigados –
aqueles cujas casas estão sem condições de moradia – também caiu: de 3.776 no
dia 5 de junho para 1.073. Cinco pessoas estão na lista oficial de mortos: duas
em Lagoas dos Gatos, duas em Caruaru e um último óbito no município de Escada,
vítima de leptospirose (doença transmitida pela urina de ratos infectados).
Dos 27 municípios em
situação de emergência decretada pelo governo de Pernambuco, três ainda não
foram reconhecidos pelo governo federal: São José da Coroa Grande, Bonito e
Escada. Os recursos solicitados à Defesa Civil Nacional para as três cidades
chegam a R$ 550 mil. Sem o reconhecimento, o dinheiro não é transferido.
As 611 famílias que
estavam nos abrigos públicos foram cadastradas para recebimento de
auxílio-aluguel e inclusão em programa habitacional. Os próximos passos do
governo incluem a conclusão do cadastro de habitações danificadas e destruídas,
iniciado hoje na cidade de Barreiros, e o cruzamento de informações.
“Nós precisamos cruzar
[informações] com o banco de dados da Caixa Econômica Federal porque mais de 12
mil casas foram entregues por causa da cheia de 2010. Se as pessoas receberam
casas e se mudaram voluntariamente, elas não farão jus a essa ajuda”, disse o
secretário de Planejamento e Gestão de Pernambuco, Márcio Steffani.
Até agora, foram
contabilizadas 490 habitações destruídas e 4.951 danificadas. As prefeituras
informaram ao governo estadual que 173 escolas municipais estão parcialmente
danificadas e 10 instituições destruídas.
Quanto às unidades
estaduais de ensino, 38 foram afetadas e duas atingidas. O governo calcula que
são necessários R$ 23 milhões para reconstruir os estabelecimentos de ensino do
estado e outros R$ 63,7 milhões para as escolas municipais.
Deslizamento de encostas
Com as cidades se
recuperando dos estragos das cheias, a preocupação do governo estadual é com
áreas de encostas. Deslizamentos vêm crescendo nessas regiões, com a
continuidade do período chuvoso. De acordo com Márcio Steffani, um exemplo é a
cidade de Cortês, que tem o maior número de moradores atingidos pelos
deslizamentos: 1.768.
Para prevenir
desmoronamentos, o governo pediu à União R$ 25,8 milhões para a instalação de
geomantas em nove municípios. O material é um tipo de lona mais resistente,
usada em contenção de deslizamentos com maior tempo de durabilidade. A geomanta
deve ser aplicada também nos municípios da Zona da Mata Sul, disse o governador
Paulo Câmara.
Recursos investidos
Também foi apresentado
hoje no Recife o balanço de recursos federais e estaduais investidos nas ações
emergenciais pós-enchente. Foram recebidos da União, via Defesa Civil Nacional,
R$ 17,5 milhões para a compra de kits de alimento, higiene, limpeza, dormitório
e rolos de lona. Ainda restam R$ 5,53 milhões a serem pagos pelo governo
federal, que serão utilizados para pagar o serviço de limpeza das cidades.
Da parte do estado foram
R$ 22,5 milhões, dos quais R$ 8 milhões destinados ao adiantamento do 13º
salário de 5,5 mil servidores públicos de 23 municípios atingidos pelas cheias,
e R$ 8,6 milhões de antecipação do benefício do programa estadual Chapéu de
Palha, voltado a trabalhadores rurais e pescadores.