Governo pede que PF investigue vandalismo em "protesto em Brasília"

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O ministro da Justiça,
Osmar Serraglio, disse hoje (26) já ter pedido à Polícia Federal que investigue
a atuação dos envolvidos em atos de vandalismo, praticados durante a
manifestação Ocupa Brasília, na última quarta-feira (24). Após reunião com o
presidente Michel Temer, ele e o ministro do Gabinete de Segurança
Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, comentaram o caso, mas evitaram
falar sobre o uso excessivo de violência da polícia contra os demais
manifestantes.
“Pedimos a investigação da
PF em relação à responsabilização dos vândalos. Evidentemente nós apoiamos,
prestigiamos e protegemos a manifestação publica. Agora uma coisa é uma
manifestação ordeira, democrática. Outra coisa é esse vandalismo. Evidentemente
precisamos identificar quem coordena e, se possível, levar a responsabilização
aos tribunais”, disse o ministro da Justiça.
O general Etchegoyen disse
que os envolvidos nos atos de vandalismo são criminosos e devem ser tratados
como tal. “Eu não os chamo de grupos radicais. Eu os chamo de vândalos; de
criminosos. É um pouquinho diferente de grupos radicais. Os radicais são
pessoas com quem se pode conversar. Neste caso, não são pessoas com quem se
pode conversar. São posições criminosas”, disse o general.
Ao ser questionado sobre o
uso de bombas e armas letais contra manifestantes que não estavam praticando
vandalismo e contra jornalistas, Etchegoyen respondeu: “meu amigo, eu acho que
polícia jogar bomba em manifestantes em geral é uma visão um tanto quanto
unilateral do problema e uma consequência que não faz parte da nossa discussão
hoje”.
Violência
no Rio
Durante a reunião com o
presidente Temer, os ministros apresentaram detalhes sobre o Plano Nacional de
Segurança Pública para o Rio de Janeiro. A ideia é identificar de que maneira a
União pode dar apoio no combate ao crime organizado no estado. Segundo o
general Etchegoyen, a estrutura de inteligência usada nos Jogos Olímpicos será
aproveitada.
“A estrutura de
inteligência foi mantida desde então. Nós intensificamos ações integrando
inteligência e segurança pública e, se necessário, da Defesa e de associações
sociais que possam devolver para a população as áreas dominadas pelo tráfico e
pelo crime organizado”, disse ele. “E a partir de agora vamos seguir com as
atividades de Inteligência do Sisbin [Sistema Brasileiro de Inteligência], que
são a matéria-prima para ações repressivas”, completou.